A primeira aparição de Nossa Senhora a Bernardete Soubirous em Lourdes, França, foi no dia 11 Fevereiro de 1858. Nossa Senhora apareceu-lhe 18 vezes.
Numa das aparições, a Santíssima Virgem disse a Bernardete: “Vai beber à fonte”. A menina cavou um canto da gruta e bebeu. Daquela nascente obscura brotou discretamente a água milagrosa, que dali a alguns dias borbulhava em abundância para maravilha de todos. Os doentes não demoraram em servir-se dela e as curas inexplicáveis iniciaram-se em 1 de Março e duram até aos dias de hoje. Muitos enfermos desenganados “pela razão e pela ciência” vêem os seus males desaparecer num instante. Mas mais tarde, quando Bernardete se serviu da água para as suas penosas doenças, ela não lhe foi eficaz.
Perguntaram-lhe: – Essa água cura os outros doentes, por que não te cura a ti?
«Talvez a Santíssima Virgem queira que eu sofra» – foi a sua resposta. De facto, a sua vocação era sofrer e expiar pela conversão dos pecadores. A água da fonte não era para ela. Esta filha predilecta de Maria compreendeu com profundidade a sua singular missão. Tudo quanto haveria de padecer física e moralmente dali em diante, ela desejava unir aos méritos infinitos do Redentor crucificado, para que fosse pleno o efeito das graças derramadas na gruta. Nunca um murmúrio, uma queixa, ou um acto de impaciência se desprendeu de seus resignados lábios, afeitos de modo heróico ao silêncio e à imolação, confiante que estava na esperança que a Virgem Maria lhe dera: “Não prometo fazer-te feliz neste mundo, mas sim no outro”.
Por tantas curas milagrosas operadas em Lourdes se comemora nesta data também o Dia Mundial do Doente.