Caminharemos ao longo deste Ano Pastoral, na unidade paroquial e em comunhão com a Diocese, nesta fase de recepção da Constituição Sinodal, sob o lema «viver a liturgia como lugar de encontro» (CS 47). Podemos concretizar este lema em três dimensões: A liturgia lugar de encontro connosco próprios; na descoberta da fragilidade da nossa condição humana; do pecado como incapacidade de amar (a Deus e o próximo); na experiência da dor, do sofrimento, das lágrimas derramadas nos dias das nossas vidas; nas alegrias e esperanças como motivo de louvor. Na liturgia descobriremos que somos seres que precisam de redenção, duma plenitude que só Cristo nos alcançará. A liturgia lugar de encontro com os outros: em assembleia de irmãos, dando corpo à fraternidade universal dos filhos de Deus; como Povo que caminha na história rumo aos «novos céus e à nova terra»; formando um só corpo pois escutamos a mesma Palavra, alimentamo-nos do mesmo Pão e recebemos o mesmo Espírito. A liturgia lugar de encontro com Deus: que cumpre a sua promessa «onde dois ou três se reunirem em meu nome Eu estarei no meio deles» (Mt 18, 20); a quem podemos falar; que podemos escutar; que nos convida a participar no Banquete do Cordeiro; que nos envia em missão. Para que a liturgia seja lugar de encontro, é necessário cultivar as atitudes que criarão condições para que o mistério aconteça na minha vida e na vida da comunidade, a saber:
*A disponibilidade, através da peregrinação da fé, de quem deixa o seu quotidiano para o encontro que a liturgia realiza, e organiza a vida e o tempo em função deste objectivo.
* A abertura ao mistério celebrado pelo rito (sinais) e iluminado pela Palavra
* A atitude orante e o silêncio interior e exterior de quem sintoniza e capta o mistério que acontece na liturgia.
* A santificação pessoal e comunitária condição para a participação no mistério: «sede santos como o Pai Celeste É Santo» (Mt 5, 48).
* O compromisso na transformação do mundo segundo a paz, a justiça, a fraternidade.