OS DEZ MANDAMENTOS – Para mim, a Lei de Deus é ensinamento e chamamento que nos convoca para uma vivência cristã, expressa em atitudes concretas para com Deus: de amor, de fé e fidelidade, de cuidado e acolhimento para com o próximo, e não apenas em declarações de intenções. A Lei de Deus, para mim, não é uma mera lista de preceitos, mas a Aliança gravada por Deus no nosso coração, como sinal de caminho e de discernimento do bem e do mal, que Adão conheceu, mas que por desobediência, cedeu à tentação. Se abrirmos o nosso coração ao Divino Espírito Santo saborearemos a consolação desta Aliança, interiorizando o seu chamamento para entendermos estes mandamentos, como sinal de salvação. Esta consolação é a presença de Deus em nós. Com os nossos pecados conhecemos melhor o Senhor porque nos acolhe na sua infinita misericórdia, quando nos deixamos encontrar por Ele. A Lei de Deus para mim é o amor na sua máxima expressão e o mandamento novo a manifestação de um sentimento íntimo que nos inunda de amor, bondade, verdade e vida. Deus chama-nos à plenitude da vida e revela-nos os caminhos para a alcançar imprimindo no nosso coração o código da Aliança, através da sua Palavra, do seu amor e do seu sacrifício. Por isso, Jesus Cristo é a plenitude da Lei. Deus gravou no nosso coração a ‘lei natural’ e interpela-nos para o seu acolhimento e discernimento através da nossa consciência – piloto da nossa vida – que testemunha os julgamentos interiores e discerne o sentido do bem e do mal. «Ensina-me, Senhor, o caminho das tuas leis e eu hei-de cumpri-las com fidelidade», «Dos teus preceitos recebi entendimento; por isso detesto os caminhos da mentira» (Sl 119) – Fernando, Alvide

O PAI NOSSO – O Pai Nosso é uma oração que eu faço, tal como muitos outros, todos os dias, sem excepção. Às vezes, rezo de forma tão automática que tenho de fazer um esforço para me lembrar do que estou a dizer e o porquê pois não quero falar com Deus em vão, sem sentimento. Quando chamo «Pai Nosso que estais nos Céus» procuro a sua presença e agradeço-Lhe por estar presente à minha vida e me escutar. Quando continuo e lhe peço «venha a nós o vosso reino e seja feita a vossa vontade», procuro isso mesmo: respeitar sempre a decisão de Deus e a sua vontade sem passar na vida a reclamar das pequenas coisas que me rodeiam. Aproveito a próxima parte para Lhe agradecer pelo «pão nosso de cada dia», por tudo o que tenho, desde a roupa, casa, comida, à família, amigos, um corpo funcional. Medito na reflexão que me convida a perdoar «a quem nos tem ofendido», a ser honesta não só nas minhas acções, mas também nos meus pensamentos. Tenho de perdoar com amor e sem cair nas tentações, sejam elas quais forem. E, por fim, digo-lhe «Ámen», isto é, que a oração tem sentido para mim e que concordo em ser transformada na melhor versão de mim mesma e, assim, o meu coração bate com sentido e com alegria de ter Deus comigo, sempre! Todos os dias! – Sónia Nobre