Evangelho segundo S. João

Naquele tempo, Jesus disse a seus discípulos: “Eu sou a videira verdadeira e meu Pai é o agricultor. Todo ramo que em mim não dá fruto ele o corta; e todo ramo que dá fruto, ele o limpa, para que dê mais frutos ainda. Vós já estais limpos por causa da palavra que eu vos falei.

Permanecei em mim e eu permanecerei em vós. Como o ramo não pode dar fruto por si mesmo, se não permanecer na videira, assim também vós não podereis dar fruto, se não permanecerdes em mim.

Eu sou a videira e vós os ramos. Aquele que permanece em mim, e eu nele, esse produz muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer.

Quem não permanecer em mim, será lançado fora como um ramo e secará. Tais ramos são recolhidos, lançados no fogo e queimados.

Se permanecerdes em mim e minhas palavras permanecerem em vós, pedi o que quiserdes e vos será dado. 8Nisto meu Pai é glorificado: que deis muito fruto e vos torneis meus discípulos.

 

— Reflexão

A vinha simboliza a relação de Deus com cada um de nós que  (w. 2-4.6) produzimos os frutos abundantes (v. 5) da observância dos Mandamentos e o amor fraterno.

Tal como outrora assim agora a Palavra, guardada e compreendida permitirá pedirmos o que quisermos na nossa oração pois seremos atendidos (v. 7).  Separados dEle , perdemos o entusiasmo e a fé como o ramo separado da videira (6) seca e é queimado.

«Jesus é a videira e os discípulos são os ramos.» (Cf. Jo 15,5) significa viver uma vida espiritual autêntica, fundada na memória das Suas palavras, entendidas na docilidade à inspiração do Paráclito, o Espírito Santo que guia para a verdade toda inteira (cf. Jo 16,13) e nos leva a testemunhar este amor que não conhece limites e não admite interrupções.

Permanecer em comunhão com o Pai através do amor torna eficaz a nossa oração: «Pedi o que quiserdes, e ser-vos-á concedido.» (Jo 15,7) Isso significa que uma oração que não brote de um contexto de verdadeira concórdia, não pode ser acolhida e muito menos atendida pelo Senhor.

 

— Oração

Ó Deus, que nos inseristes em Cristo como ramos na verdadeira vide, dai-nos o vosso Espírito, para que, amando-nos uns aos outros com sincero amor, nos tornemos primícias de uma Humanidade nova e produzamos frutos de santidade e de paz.

 

— Canto de Meditação

Eu sou a videira, vós sois os ramos https://youtu.be/o4MbiXFeFNI

 

Pe. Abílio Nunes, SDB