Direção Espiritual

Apresentamos seis pontos que nos poderão ajudar a perceber esta proposta da Igreja para a espiritualidade dos seus fiéis:

1. O cristão deve recorrer a bons conselhos espirituais, capazes de acompanhar cada um no conhecimento profundo de si mesmo, conduzindo-o à união com o Senhor. O Senhor cura-nos e dirige-nos agindo umas vezes diretamente na alma, outras por meio de pessoas escolhidas por Ele que são como instrumentos da Sua graça.

2. Devemos pôr grande diligência e muita atenção em encontrar a pessoa que nos guie na tarefa de alcançarmos uma vida santa. Precisamos escolher alguém que saiba indicar-nos o caminho que conduz a Deus. É uma graça podermos contar com um guia que nos ajude eficazmente numa questão tão importante, alguém a quem podemos abrir-nos sem reservas. A confidência não se faz a qualquer pessoa, ela exige criar uma intimidade, construir uma confiança, abrir-se num diálogo.

3. Para caminhar rumo ao Senhor temos sempre necessidade do diálogo. Não podemos apenas situar-nos nas nossas reflexões. Na própria vida não faltam obscuridades e inclusive debilidades. A pessoa a quem nos confiamos deve ser capaz de compenetrar-se connosco, de chegar à raiz daquilo que lhe comunicamos é, por isso mesmo, importante escolher a pessoa adequada. E essa escolha deve ser feita com sentido sobrenatural.

4. A Igreja recomenda esta prática desde os primeiros séculos, como forma de progredirmos melhor na nossa vida espiritual cristã. Deus pode agir por meio de muitas pessoas, no entanto o Diretor Espiritual é alguém querido por Ele que conhece bem o caminho, a quem abrimos a nossa alma e que tem a função de a educar. Será amigo, mestre, médico. Ele acompanha-nos pela vida como um bom pastor. Nas coisas que se referem a Deus indica-nos os erros, fala-nos das alternativas, retira-nos os obstáculos, sugere-nos modos de luta interior, ele mostra-nos com o seu exemplo de vida e com os seus conselhos o caminho que Cristo nos ensinou para alcançar a Vida Eterna e de forma particular como cada um o deve percorrer.

5. As bases de quem está disposto a receber a Direção Espiritual são duas: a liberdade de a querer e a responsabilidade de nela colaborar. Ela forma-nos, sim, como pessoas com critério, com maturidade, firma-nos nos valores cristãos, na retidão da doutrina, cria em nós a vontade própria numa docilidade de espírito. Recebemos orientações que vão potencializar o espírito de iniciativa e fortalecer a nossa coragem. A tarefa da Direção Espiritual é fazer de nós pessoas sábias, seguras, capazes de perceber os preceitos de Deus e tornar-nos virtuosos no cumprimento dos Seus projetos.

6. Se queremos que a Direção Espiritual não seja um pura perda de tempo, a primeira atitude que devemos tomar é prepará-la convenientemente. Salientam-se quatro portas a abrir dentro de nós para iniciarmos este caminho: o autoexame, a franqueza, a docilidade e a perseverança.

 

 

Obs.:
Para poder usufruir deste bem que a Igreja põe ao nosso dispor contacte o Cartório Paroquial e faça o agendamento da sua Direção Espiritual. Também podemos disponibilizar um guião para uma orientação espiritual mais rica e frutuosa.