Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo S. Marcos

Naquele tempo, Jesus dirigiu-Se à sua terra e os discípulos acompa- nharam-n’0. Quando chegou o sábado, começou a ensinar na sinagoga. Os numerosos ouvintes estavam admirados e diziam: «De onde Lhe vem tudo isto? Que sabedoria é esta que Lhe foi dada e os prodigiosos milagres feitos por suas mãos? Não é Ele o carpinteiro. Filho de Maria, e irmão de Tiago, de José, de Judas e de Simão? E não estão as suas irmãs aqui entre nós?» E ficavam perplexos a seu respeito. Jesus disse-lhes: «Um profeta só é desprezado na sua terra, entre os seus parentes e em sua casa». E não podia ali fazer qualquer milagre; apenas curou alguns doentes, impondo-lhes as mãos. Estava admirado com a falta de fé daquela gente. E percorria as aldeias dos arredores, ensinando.

— REFLEXÃO 

Jesus vai à sinagoga de Nazaré  onde tinha sido criado. Perante os seus conterrâneos mostra a sua sabedoria e autoridade. Ao princípio exclamam: De onde lhe vem tanta sabedoria? Depois, a surpresa ganha outra face: Não é Ele filho de Maria, nosso vizinho, com raízes entre nós?» E, consequentemente, num terceiro momento, desconfiam d’Ele.

Os conterrâneos de Jesus não foram capazes de superar os preconceitos. Daí Jesus dizer  «Um profeta só é desprezado na sua terra, entre os seus parentes e em sua casa.»

Cristo é o grande profeta. Vinculado ao Espírito de Deus, sua palavra pessoal feita homem. Jesus garante a autenticidade da palavra e da missão através de «sinais», os milagres.

Cristo e os seus mensageiros não são facilmente aceites. Recusa-se Jesus quando não se acata a sua doutrina exposta no evangelho e pela Igreja, ou quando se tenta relegá-los para um canto, como recordações históricas.

A Igreja precisa de homens e mulheres crentes que, imitando Jesus, testemunhem Deus entre as pessoas. O Senhor gosta de Se revelar na monotonia de cada dia através dos acontecimentos mais diversos, e sobretudo, por meio de pessoas – «sinal» que sabem sorrir e partilhar, mostrar em tudo amor, esperança, e o  compromisso com os pobres.

O último dos Profetas foi o próprio Filho de Deus, Jesus. Mais do que Profeta, porque Ele, não só anunciou a palavra de Deus, mas Ele próprio é a Palavra do Pai, e veio a este mundo precisamente para ser a Palavra de Deus no meio dos homens.

Apesar disso, os seus próprios compatriotas desprezaram-n’O. Era para eles apenas um vizinho, todos  Lhe conheciam a história, e facilmente desprezamos o que só conhecemos por fora.

Outros, ao longe, hão-de acreditar n’Ele, e, por Ele, chegar ao Pai.

— ORAÇÃO 

Pai Santo, tirai o véu dos nossos olhos e dai-nos a luz do Espírito, para que saibamos reconhecer a vossa glória na humilhação do vosso Filho, e na nossa enfermidade humana experimentemos o poder da Sua ressurreição

— CANTO DE MEDITAÇÃO 

O libertador

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Pe. Abílio Nunes, SDB