Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus

Naquele tempo, os fariseus reuniram conselho contra Jesus, a fim de O fazerem desaparecer. Mas Jesus, ao saber disso, retirou-Se dali. Muitos O seguiram e Ele curou-os a todos, mas intimou-os que não descobrissem quem Ele era, para se cumprir o que o profeta Isaías anunciara, ao dizer: «Eis o meu servo, a quem Eu escolhi, o meu predilecto, em quem se compraz a minha alma. Sobre ele farei repousar o meu Espírito, para que anuncie a justiça às nações. Não discutirá nem clamará, nem se fará ouvir a sua voz nas praças. Não quebrará a cana já fendida, nem apagará a torcida que ainda fumega, enquanto não levar a justiça à vitória; e as nações colocarão a esperança no seu nome

 

— REFLEXÃO

Nesta passagem evangélica sentimos as consequências da missão de Jesus: O eleito, o predileto, o amado de Deus é perseguido pelos seus inimigos: “os fariseus reuniram conselho contra Jesus, a fim de O fazerem desaparecer”.

“Ao inteirar-se, Jesus afastou-se dali, e muitos o seguiram. Ele curou-os a todos, ordenando-lhes que nada dissessem.”

Muitos séculos antes, o profeta Isaías predissera tudo sobre Ele: O servo eleito e sofredor; ungido pelo Espírito, culminará o seu programa libertador no silêncio da cruz.

Jesus, o profeta do reino de Deus e da boa nova de salvação e libertação dos pobres, morrerá às mãos dos seus inimigos, os chefes religiosos do povo judeu.

A voz de Jesus vive hoje no coração de quantos ressuscitam com Ele para uma vida nova e optam, como Jesus, pelo serviço humilde, pelo espírito do Reino.

Jesus predisse-o: “Chegou a hora em que será glorificado o Filho do homem. Em verdade vos digo que se o grão de trigo que cai na terra não morrer, fica infecundo; mas se morrer produzirá muito fruto” (Jo 12,23s).

Cristo entrega voluntariamente a sua vida aceitando o plano salvador do Pai sobre a humanidade. Desde então, a cruz do servo sofredor do Senhor aparece perante o mundo como sinal de libertação, perdão e reconciliação. Por isso é ele a esperança de todos os povos.

Qual a nossa atitude perante a doação de Jesus? Imitemos o exemplo de Maria: nunca criou conflitos, nem gritou, nem fez ouvir a sua voz nas ruas. Como Ela poderemos “cristificar” toda a nossa vida e construirmos o reino de Deus.

 

— ORAÇÃO

Deus, nosso Pai, concedei-nos um coração humilde e manso, para contemplarmos o vosso Filho e escutar a vossa Palavra que ressoa ainda na Igreja reunida em seu nome, e para acolher e servir, segundo o Seu exemplo, todos os nossos irmãos.

 

— CANTO DE MEDITAÇÃO

Escuta – Interioriza – Partilha

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Pe. Abílio Nunes, SDB