Evangelho segundo S. Lucas:

Naquele tempo disse Jesus aos seus discípulos: «Quando virdes Jerusalém sitiada por exércitos, ficai sabendo que a sua ruína está próxima. Então, os que estiverem na Judeia fujam para os montes; os que estiverem dentro da cidade retirem-se; e os que estiverem no campo não voltem para a cidade, pois esses dias serão de punição, a fim de se cumprir tudo quanto está escrito. Ai das que estiverem grávidas e das que estiverem a amamentar naqueles dias, porque haverá uma terrível angústia no país e um castigo contra este povo. Serão passados a fio de espada, serão levados cativos para todas as nações; e Jerusalém será calcada pelos gentios, até se completar o tempo dos pagãos.» «Haverá sinais no Sol, na Lua e nas estrelas; e, na Terra, angústia entre os povos, aterrados com o bramido e a agitação do mar; os homens morrerão de pavor, na expectativa do que vai acontecer ao universo, pois as forças celestes serão abaladas. Então, hão-de ver o Filho do Homem vir numa nuvem com grande poder e glória. Quando estas coisas começarem a acontecer, cobrai ânimo e levantai a cabeça, porque a vossa redenção está próxima.»

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REFLEXÃO

Em todas as catástrofes históricas de Israel: guerras, desterros e deportações, o crente vê para lá de um mero acontecimento político-social um acontecimento religioso. A ruína de Jerusalém é consequência do seu pecado: Israel rejeitara a salvação oferecida pelo Senhor através do seu filho o Messias.

Mas há males que vêm por bem: a cidade santa e o povo judeu não são afastados por Deus para sempre, como dirá S. Paulo. A Igreja nascente, de origem judaica no seu primeiro momento, teve assim oportunidade de estender o evangelho a todo o mundo de então, anunciando a aurora de uma nova criação.

Na segunda parte o evangelista descreve em linguagem apocalíptica e figurada os sinais que no céu e na terra precederão a vinda do Filho do homem, título messiânico referido a Cristo.

O evangelho conclui com um grito de consolo e esperança: “Quando começarem a acontecer essas coisas, erguei-vos e levantai a cabeça, pois está próxima a vossa libertação”.

Cristo Ressuscitado tem a última palavra e não a destruição e a morte.   O homem é um ser que espera, e só esperando pode sobreviver. Só  Jesus Cristo pode dar a resposta. Nenhum outro nos pode libertar, nem debaixo do céu nem sobre a terra nos foi dado outro nome, outra pessoa, que possa salvar-nos e em quem possamos confiar a fundo perdido (Act 4,llss).

Por isso cobremos ânimo; aproxima-se a nossa libertação; mais ainda: é já realidade presente e não simples promessa para mais tarde.

 

ORAÇÃO

Sob o impulso do vosso Espírito, senhor e dador de vida, concedei-nos acelerar a vinda de Cristo e do vosso Reino tornando realidade a sua libertação mediante uma resposta de conversão ao vosso  evangelho e ao amor dos irmãos.

Bendito sejas, Pai nosso! Vós  fundastes a esperança da nossa libertação sobre Cristo Jesus, Senhor da história, do cosmos e da humanidade. Ele é a pedra angular de todo o edifício, ele é o único que não defrauda e nos salva de verdade. Por isso, Senhor, não são a destruição e a morte que no fim prevalecem, mas a vida e a libertação.

 

MEDITAÇÃO

Peçamos ao Senhor a graça de saber esperar e de acreditar

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Pe. Abílio Nunes, SDB