O que é o Cortejo Processional da Missa? Na celebração eucarística existem três momentos em que se faz procissão: na entrada, na apresentação dos dons e na comunhão. Estes momentos são tão importantes que são acompanhados de cantos específicos chamados de “cantos processionais”. A Procissão de Entrada não é um desfile, nem é meramente funcional, é uma acção ritual. A palavra “procissão” vem do latim procedere que significa, avançar, ir para a frente. E para onde caminham? Explica o Salmista: “Eu irei ao altar de Deus, ao Deus que é a alegria da minha vida. Ao som da harpa te louvarei, ó Deus, meu Deus!” (Sl 43,4). É assim um acto simbólico que pretende coroar um «cortejo celeste». A palavra «cortejo», vem de corte e usa-se em relação à realeza e àqueles que fazem parte de seu convívio, que lhe são próximos. Os ministros que entram processionalmente no espaço sagrado do presbitério – ordenados e leigos – são pessoas que têm de ter intimidade e comunhão com o Soberano que é Jesus. Por isso, a Procissão é encabeçada pela Cruz de Cristo. Todos os que foram batizados participam da “família real”. Não há distinção em dignidade entre os que servem (o ministro) e aqueles que por eles são servidos (a assembleia). A Procissão de Entrada, dos que servem o altar, simboliza também todos os presentes, embora, por razões práticas nem sempre dela participem directamente. Esta tradição tem origem no que se chamavam as “Estações”. As celebrações Eucarísticas estacionais começavam num lugar, normalmente num ponto de fácil acesso para a reunião do povo e, depois, caminhando e cantando, dirigiam-se para a Igreja estacional, onde a Missa continuaria. Ainda hoje no Domingo de Ramos, fazemos algo parecido, em que todos somos atraídos para estarmos diante do Senhor. É támbem importante relembrar que o cortejo processional dos que vão servir o altar, nas igrejas cujo espaço arquitectónico permite, começa vindo pelo fundo, atravessa a coxia central, dirige-se ao presbitério e sobe ao altar. Não é uma entrada em cena de palco como se de estrelas de espectáculo se tratassem. O Sacerdote faz uma entrada humilde dos últimos lugares e sobe ao altar do sacrifício para servir a Deus e ao Seu povo, in persona Christi.

Como se compõe o Cortejo Processional? Quanto mais solene é a Missa, mais completo deverá ser o cortejo processional, pois com maior honra, beleza e dignidade se quer louvar a Deus, mas obviamente que também depende da quantidade de ministros ordenados e acólitos disponíveis para a celebração. Segundo o Secretariado Nacional da Liturgia, a procissão organiza-se assim: acólitos do turíbulo e da naveta, com o turíbulo fumegante; acólito da cruz, com a cruz processional; pelo menos dois acólitos dos círios, que caminham com os círios acesos ao lado do acólito da cruz; diácono com o Evangeliário um pouco elevado; restantes acólitos se houver; padres concelebrantes se houver; por fim o presidente da celebração, Bispo, ou presbítero. A Assembleia deve receber de pé este cortejo e ao passar da cruz genuflectir, ou pelo menos fazer vénia pronunciada, em sinal de respeito por Cristo.