Naquele dia, Jesus saiu de casa e foi sentar-se às margens do mar da Galileia. Uma grande multidão reuniu-se em volta dele. Por isso Jesus entrou numa barca e sentou-se, enquanto a multidão ficava de pé, na praia. E disse-lhes muitas coisas em parábolas:

“O semeador saiu para semear. Enquanto semeava, algumas sementes caíram à beira do caminho, e os pássaros vieram e as comeram. Outras sementes caíram em terreno pedregoso, onde não havia muita terra. As sementes logo brotaram, porque a terra não era profunda. Mas, quando o sol apareceu, as plantas ficaram queimadas e secaram, porque não tinham raiz.

Outras sementes caíram no meio dos espinhos. Os espinhos cresceram e sufocaram as plantas. Outras sementes, porém, caíram em terra boa, e produziram à base de cem, de sessenta e de trinta frutos por semente. Quem tem ouvidos, ouça!”

 

 

— REFLEXÃO 

O capítulo 13 do Evangelho de Mateus é inteiramente dedicado ao terceiro discurso de Jesus, composto por uma série de sete parábolas. Os destinatários são as multidões, enquanto aos discípulos está reservada a explicação de tudo o que o Mestre diz.

A parábola do semeador é contada por Jesus nas margens do mar da Galileia (Mt 13,1).  Jesus está  sentado na barca e a multidão, de pé, escuta o Mestre (Mt 13,2)

No princípio é apresentado o semeador que sai a semear, lança a semente sem prestar atenção ao lugar onde cai.

A semente vai acabar em quatro terrenos diferentes: os primeiros três improdutivos, o quarto, porém, capaz de dar fruto em percentagens diferentes. Os primeiros três terrenos não são iguais, mas caracterizados de modo a permitir ao ouvinte/leitor seguir as aventuras da semente, nas diversas fases do seu crescimento; além disso os três estão unidos pelo facto de apresentarem diversos obstáculos à fecundação da semente. Só a quarta parte da semente dá fruto, devido à boa qualidade do terreno.

A chave de compreensão da parábola «Quem tem ouvidos, oiça» (v. 9), introduz o motivo da escuta. É um convite a aprender a acolher a Palavra semeada com generosidade e abundância.

Não obstante a aridez e os obstáculos que possamos encontrar no caminho da fé, a Palavra é dada com abundância e podemos esperar o fruto dela, porque ela não voltará para trás sem primeiro ter fecundado a terra (cf. Is 55,10-11).
Que tipo de terra somos para a semente da Palavra? Pinheiros, pedregulhos, estrada ou terra boa? Cada um responda ao Senhor com sinceridade…

 

— Oração

Aumentai em nós, ó Pai, com o poder do vosso Espírito, a disponibilidade para acolher o germe da vossa Palavra, que continue a semear nos sulcos da Humanidade, para que frutifique em obras de justiça e de paz e revele ao mundo a feliz esperança do vosso Reino.

 

— Canto de Meditação 

Escuta – Interioriza – Partilha

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Pe. Abílio Nunes, SDB21