Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Quando o Filho do homem vier na sua glória com todos os seus Anjos, sentar-Se-á no seu trono glorioso. Todas as nações se reunirão na sua presença e Ele separará uns dos outros, como o pastor separa as ovelhas dos cabritos; e colocará as ovelhas à sua direita e os cabritos à sua esquerda. Então o Rei dirá aos que estiverem à sua direita: ‘Vinde, benditos de meu Pai; recebei como herança o reino que vos está preparado desde a criação do mundo. Porque tive fome e destes-Me de comer; tive sede e destes-Me de beber; era peregrino e Me recolhestes; não tinha roupa e Me vestistes; estive doente e viestes visitar-Me; estava na prisão e fostes ver-Me’. Então os justos Lhe dirão: ‘Senhor, quando é que Te vimos com fome e Te demos de comer, ou com sede e Te demos de beber? Quando é que Te vimos peregrino e Te recolhemos, ou sem roupa e Te vestimos? Quando é que Te vimos doente ou na prisão e Te fomos ver?’. E o Rei lhes responderá: ‘Em verdade vos digo: Quantas vezes o fizestes a um dos meus irmãos mais pequeninos, a Mim o fizestes’. Dirá então aos que estiverem à sua esquerda: ‘Afastai-vos de Mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e os seus anjos. Porque tive fome e não Me destes de comer; tive sede e não Me destes de beber; era peregrino e não Me recolhestes; estava sem roupa e não Me vestistes; estive doente e na prisão e não Me fostes visitar’. Então também eles Lhe hão-de perguntar: ‘Senhor, quando é que Te vimos com fome ou com sede, peregrino ou sem roupa, doente ou na prisão, e não Te prestámos assistência?’ E Ele lhes responderá: ‘Em verdade vos digo: Quantas vezes o deixastes de fazer a um dos meus irmãos mais pequeninos, também a Mim o deixastes de fazer’. Estes irão para o suplício eterno e os justos para a vida eterna».

 

REFLEXÃO

A parábola do Juízo Final   diz-nos o que devemos fazer para possuir o Reino de Deus: acolher os famintos, os sedentos, os estrangeiros, os nus, os doentes e os presos (Mt 25,35-36): No princípio, assim como ao final da Nova Lei, estão os excluídos e os marginalizados.

Mas não pode haver dúvida: “No entardecer da vida seremos examinados sobre o amor” (S. João da Cruz). Neste dia da Quaresma temos de realizar uma conversão ao essencial do cristianismo: o amor, para não nos perdermos no acessório, no devocional, nem sequer somente no cultual. Amar o próximo dando- -lhe de comer e de beber, hospedando-o e vestindo-o, visitando o doente ou encarcerado, é o que Deus nos pede, o que nos identifica como discípulos de Jesus. Amar é o mandamento que condensa toda a lei de Cristo (Rm 13,10).

Dizia S. João: O que não ama o seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê. O próximo é o caminho para conhecer e amar a Deus, embora à primeira vista, muitas vezes, talvez a maioria, a cara do irmão não pareça reflectir a imagem de Deus. Mas não pode haver dúvida: Amar o próximo dando- -lhe de comer e de beber, hospedando-o e vestindo-o, visitando o doente ou encarcerado, é o que Deus nos pede, o que nos identifica como discípulos de Jesus. Amar é o mandamento que condensa toda a lei de Cristo (Rm 13,10). Bem o compreendeu um cristão dedicado que escreveu no seu diário poucos dias antes da sua morte: Pressinto que vou fazer uma viagem sem retorno e só posso levar na bagagem o que dei durante a vida.

 

ORAÇÃO

Senhor nosso Deus, faz-nos ver nos pobres, nos marginalizados, nos antipáticos e malcriados a cara oculta do Cristo sofredor. Inflama os nossos corações com o fogo da vossa palavra e dá-nos o vosso Espírito de amor que nos transforme por completo para que, amando a todos, mereçamos aprovação no vosso exame final.

 

VIDEO MEDITAÇÃO

Cristo quer a tua vida para amar para amar …

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Pe. Abílio Nunes, sdb